Gestão Ambiental

Gestão Ambiental

Atualmente, a geração de resíduos pelas diversas atividades humanas constitui-se em um grande desafio a ser enfrentado pelas administrações municipais, sobretudo nos grandes centros urbanos. Tais desafios têm gerado políticas públicas e legislações, tendo como eixo de orientação a sustentabilidade do meio ambiente e a preservação da saúde. Grandes investimentos são realizados em sistemas e tecnologias de tratamento e minimização.

Desde o início da gestão SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, a Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme possui comissões do Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde e Biossegurança, que desenvolvem um trabalho sério e contínuo de gerenciamento de resíduos, na busca pela segregação correta e garantia de uma destinação final adequada, seguindo as exigências da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), definidas na RDC 222/2018 e CONAMA 358/05. Tal comprometimento visa a  envolver os colaboradores e usuários.

Em 2012, 2013 e 2014, a Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme recebeu importante prêmio concedido pela Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo; “amigo do meio ambiente” pelas ações ambientais desenvolvidas na área de Saúde.

Em  2014, a Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme assumiu o compromisso com a Agenda Global de Hospitais Verdes e Saudáveis e  definiu cinco objetivos como meta estratégica, a fim de mitigar ações preventivas para minimizar os impactos ambientais causados por atividades desenvolvidas no serviço de saúde, como: Liderança, Resíduos, Energia, Água e Substâncias Químicas.  

Em 2021, a unidade de Saúde UBS Jardim Japão que compõe a Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme, recebeu da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo o certificado como participante “da edição XIV prêmio amigo de meio ambiente, uma iniciativa que reconhece o esforço de serviços de saúde que desenvolvem projetos ambientais no âmbito do Sistema Único de Saúde”

Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS):

A Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme possui o Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, que corresponde às etapas de: segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final. Consideram as características e riscos dos resíduos, as ações de proteção à saúde e ao meio ambiente e os princípios da biossegurança de empregar medidas técnicas administrativas e normativas a fim de prevenir acidentes, em conformidade com a legislação vigente.

Em 2010, a SPDM – Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme, iniciou a implantação da Gestão Ambiental em suas unidades por iniciativa do Setor de Hotelaria. Um dos mecanismos desenvolvidos para divulgação das ações ambientais bem como da conscientização dos colaboradores foi à realização de uma semana voltada à temática ambiental com palestras e debates sobre a necessidade de preservação do meio ambiente e divulgação das ações ambientais realizadas pela Hotelaria na Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme. Um dos principais objetivos é diminuir o impacto ambiental enquanto empresa, e também fazer com que seus colaboradores sejam conscientizados dos problemas ambientais.

Coleta de Pilhas e Baterias:

No Brasil, as pilhas e baterias são descartadas no lixo comum, as vezes por falta de conhecimento dos riscos que representam a saúde e ao ambiente ou ausência de alternativas de descarte. As pilhas e baterias contêm metais pesados, considerados bioacumulativos, que causam problemas às funções orgânicas. Além disso, as demais substâncias toxicas presentes nesses resíduos podem causar a contaminação de lençóis freáticos. Inicialmente, o projeto piloto foi implantado na UBS/AMA Vila Guilherme, onde houve uma grande adesão da comunidade e envolvimento dos colaboradores. O resultado motivou a expansão do projeto piloto a todas as unidades da Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme. 

Coleta de medicamentos vencidos ou sem uso:

Os medicamentos sem uso ou vencidos é uma das preocupações recentes de contaminação do meio ambiente. A sobra desses medicamentos pode advir da compra de remédios acima da quantidade uso, interrupção no tratamento e validade expirada dos medicamentos. Em razão da procura da comunidade para o descarte desse medicamento sem uso ou vencido foi que se diagnosticou a necessidade de uma ação para a coleta e destinação final adequada desse resíduo.

Coleta de Películas de Raios X:

No processo radiográfico são gerados efluentes (revelador, fixador e água de lavagem de filmes radiográficos) que trazem problemas ambientais quando descartados incorretamente. As películas de raios X contêm em sua composição a prata que podem ser reaproveitadas pelo processo de reciclagem, e a parte de plástico que pode ser usada como embalagem. Nas radiografias, podem ser encontrados metanol, cromo e amônia. Nas películas da odontologia, pode ser encontrado chumbo nos papéis que recobrem, estas substâncias são tóxicas e prejudicam o meio ambiente com a contaminação do solo e da água. Diante deste cenário, foi identificada a necessidade de tratamento adequado deste efluente, bem como de destinação das películas para descaracterização e reciclagem. 

Coleta de óleo de cozinha:

O óleo de cozinha descartado incorretamente é um problema que está em pauta há muitos anos, pois cada litro de óleo despejado no esgoto tem a capacidade de poluir cerca de 1 milhão de litros de água e também forma uma barreira que dificulta a entrada de luz e a oxigenação da água, causando danos a fauna e flora aquática. Além disso, encarece em 45% o processo de tratamento da água e contribui para a ocorrência de enchentes. Ciente desta problemática este item entrou no planejamento de ações ambientais para a coleta do óleo gerado pela comunidade, a fim de prover a prática dos 3R’s (Reutilizar, Reciclar e Reduzir). 

Semana do Meio Ambiente: 

Em abril de 2010, foram implantadas ações ambientais em todas as unidades que compõem a Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme. Um dos mecanismos utilizado para divulgação das ações e conscientização dos colaboradores foi a realização da I Semana do Meio Ambiente com palestras e debates voltados à preservação dos recursos naturais e conservação do meio ambiente. O evento contou com a participação de 494 colaboradores que receberam folders explicativos e sementes de flores e árvores nativas e um rico investimento cultural.

Em 2011, aconteceu a II Semana do Meio Ambiente que apresentou um projeto com foco no consumo consciente de água e energia, com a participação de 564 colaboradores.

Em 2012, a Semana do meio Ambiente decidiu unir forças com a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho unificando a semana de meio ambiente e semana interna de prevenção de acidentes no trabalho. A partir desta data o evento passou a ser chamado de SIPAT-MA com a realização de palestras e oficinas voltadas as duas temáticas. O foco da terceira semana foi o tema Sustentabilidade e contou com a participação de 660 colaboradores.

No ano 2013, a Semana de Interna de Prevenção de Acidente e Segurança no Trabalho e Meio Ambiente trouxe a temática de motivação, preservação dos recursos naturais e meio ambiente, neste evento participaram 700 colaboradores.

Em 2014, foi realizada a terceira Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho e Meio Ambiente, com abordagem de temas diversos, como: Qualidade de vida e porque não felicidade; DST/AIDS; Sustentabilidade ecológica, econômica e social; Ergonomia; Tratamento e destinação final dos resíduos do serviço de saúde; Uso racional da água; Tabagismo; Qualidade no Ambiente de Trabalho; NR-32 Segurança e Saúde no ambiente de trabalho; Uso racional de energia elétrica; A importância da atividade física (ginástica laboral); Agenda Global Hospitais Verdes e saudáveis. O objetivo do evento foi à conscientização dos colaboradores sobre a importância da prevenção dos acidentes no ambiente do trabalho e a preservação dos recursos naturais e meio ambiente.

A decoração e os preparativos para o evento foram confeccionados pela equipe de Hotelaria que utilizou material reciclável gerado nas unidades e coletados por intermédio de ações ambientais. A Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme desenvolve campanhas sobre a importância da segregação dos resíduos aos colaboradores e a comunidade local, além de orientar práticas e trabalhos que podem ser realizado com material reciclado.

Com a ação ambiental de coleta de películas de Raios X foi possível arrecadar um material para a organização da Semana do Meio Ambiente. As películas de Raios X são encaminhadas a uma empresa especializada onde é realizada a retirada dos metais pesados e o plástico resultante desse processo é transformado em embalagens de presentes e pastas porta impressos. 

Ainda foi utilizado material reciclável na elaboração de kits, contendo essência perfumada para distribuição e sorteio aos colaboradores e palestrantes.

Para a decoração do ambiente, foram utilizados rolos de papel higiênico, coletados pelos colaboradores da hotelaria que confeccionaram flores e arranjos. O evento também contou com arranjos sustentáveis feitos de garrafas de vidro. Foi uma oportunidade das Unidades mostrarem iniciativas ambientais de destaque, como, a UBS Parque Novo Mundo II que enfeitou o cenário com os pufs confeccionados pela equipe de PSF – Programa Saúde da Família. Os pufs são confeccionados com garrafa pet e sobra de tecidos. As garrafas são doadas pela comunidade que participa da realização das atividades.

Instalação de Torneiras

A estratégica adotada pela Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme foi a de realizar um diagnóstico sobre a quantidade de torneiras comuns existentes nas unidades para a troca, realizamos a troca das torneiras comuns das unidades de saúde por torneiras com temporizadores e limitadores. Realizamos palestras nas unidades a todos os funcionários e comunidade local, além de capacitar os encarregados de Governança com o objetivo de transformá-los em multiplicadores para esta missão.

O processo de instalação das torneiras de pressão começou no ano de 2010 e foi finalizado em 2011. E, posteriormente, com a troca das torneiras teve inicio o processo de conscientização dos colaboradores e da comunidade.  Ao todo, foram trocadas 368 torneiras comuns por torneiras com temporizadores e limitadores de água em 12 Unidades Básicas de Saúde – 3 AMAS (Assistência Médica Ambulatorial), 1 AMA Especialidades, 1 CAPS Infantil (Centro de Atenção Psicossocial) e 1 unidade administrativa. Todas as unidades estão situadas na zona norte de São Paulo, região da Vila Maria/Vila Guilherme.

Para a conscientização, quanto ao consumo consciente da água energia os computadores e interruptores ganharam um adesivo com dicas que os colaboradores podem seguir para reduzir o consumo, assim como desligar o monitor enquanto o mesmo não for utilizado, apagar as luzes quando sair da sala, utilizar a luz natural em lugar da iluminação artificial, além disso, o papel de parede dos computadores recebeu informações no fundo da tela com dicas de uso consciente da energia.

O setor de Hotelaria capacitou todos os encarregados da Governança, implantou fluxo para checar pequenos vazamentos, torneiras com defeito e uso desordenado da água e energia, elaborou e distribuiu panfletos informativos inseriu a temática de uso consciente da água e energia em todas as integrações realizadas com os  novos colaboradores que ingressam na Rede Assistencial da Supervisão Técnica de Saúde Vila Maria/Vila Guilherme.

Com o consumo em grande escala das garrafas PET de refrigerantes, surge um problema ambiental sério, pois muitas destas garrafas são descartadas de forma inadequada e acabam parando em terrenos, rios, esgotos, mares e matas. Este material pode se manter até 750 anos na natureza, sendo de fundamental importância o descarte adequado e o reúso do material, bem como sua coleta e reciclagem. Considerando esta problemática, a UBS – Unidade Básica de Saúde Parque Novo Mundo II, identificou o problema e desenvolveu um projeto para utilizar garrafas geradas pelos colaboradores da unidade e da comunidade do entorno. Em parceria com o PAVS – Programa Ambientes Verdes e Saudáveis os agentes comunitários de saúde desenvolveram a ação de confeccionar Pufs para a realização do trabalho foi utilizada uma grande quantidade de garrafas pet.

A primeira estratégia foi o desenvolvimento do trabalho em equipe de colaboradores da Unidade para este projeto de sustentabilidade. Com o envolvimento dos profissionais, foi possível obter um trabalho com resultados positivos, sobretudo por obter um grande número de colaboradores que aprenderam a técnica de reciclar as garrafas Pet e transforma-las em Pufs. Outra estratégia foi à realização de parcerias em comércios e com a comunidade local para a arrecadação das garrafas, assim como também enfatizar a importância da reciclagem e o descarte adequado.

Com a capacitação da equipe e a arrecadação do material, a UBS Parque Novo Mundo II desenvolveu o projeto de realizar oficinas de reciclagem, sendo uma delas a oficina de Pufs que acontece na Unidade e na comunidade, com a finalidade de abordar a reciclagem e multiplicar a técnica de utilizar as garrafas para a confecção de móveis, como cadeiras, abajures, arvores de natal e pufs, além de recipientes para o plantio de mudas para hortaliças e jardins.

O Processo de implantação iniciou-se pelo interesse dos colaboradores de ações externa da unidade, em seguida foi expandido à comunidade e aos demais colaboradores que demonstraram grande interesse em ampliar o projeto.

Após a observação das áreas externas, foi identificada a ausência de plantas e flores, compreendendo que os problemas relacionados ao meio ambiente nas unidades de saúde vêm sendo notados com maior intensidade. Assim equipe de trabalho da UBS/AMA Jardim Brasil uniu esforços com a comunidade local no desenvolvimento de ações voltadas ao cultivo de espécies em todas as áreas externas da unidade. A qualidade ambiental nas unidades de saúde não interfere apenas na vida e nas atividades de seus colaboradores, mas também nos impactos ambientais que podem alterar e influenciar o ambiente em escala local, e regional já que as unidades estão inseridas em um contexto amplo de localização. Pode-se dizer que os problemas existentes, atualmente, relacionados ao ambiente resultam da soma de vários impactos locais em diferentes segmentos, tanto nas unidades de saúde como nas comunidades locais. Este processo torna-se cada vez mais acelerado e o ambiente não consegue absorver e recuperar-se na mesma proporção. As áreas verdes assumem um papel muito importante na conservação da qualidade do ar, do solo e da água, e, por isso, são indispensáveis para a saúde humana e à qualidade de vida.

O processo de implantação iniciou-se a partir do interesse de uma moradora do bairro Jardim Brasil, que demonstrou o desejo de participar de projetos em parceria com a unidade. Após as visitas para elaboração do diagnóstico, em companhia da gerência da unidade, a moradora sugeriu melhorias nas áreas externas, demonstrou conhecimentos básicos em lidar com o cultivo de plantas. Atualmente, o projeto conta com o apoio de diversos colaboradores. Para realizar a manutenção e manter das áreas de jardins bem cuidados  as voluntárias realizam o trabalho duas vezes por semana.

Diante do acumulo de pneus descartados nas calçadas e terrenos próximos à Unidade de Saúde Parque Novo Mundo I, foi evidenciada a necessidade de promover ações de conscientização à população do entorno. O maior objetivo foi criar uma cultura sobre a importância de segregar os resíduos e reciclá-los, criando material útil ao dia a dia em lugar de descarta-lo inadequadamente.

No primeiro momento, foi realizada uma campanha para arrecadação de pneus que estavam descartados em locais inapropriados. Com o envolvimento da comunidade, foi possível realizar um trabalho de conscientização e arrecadação. Os pneus arrecadados foram armazenados de modo adequado a fim de evitar água parada, proliferação de mosquitos e minimizar os riscos ligados à saúde.

Escolher o local ideal, aterrar para nivelar o piso, cimentar o “estacionamento”, demarcar o estacionamento com pedras, instalar os pneus em valas adequadas para este fim, fixação com concreto, pintura, confecção de placa identificadora e plantio de mudas em floreiras.